Seis dias antes de ser morta, a advogada Jaqueline Soares, 39 anos, postou em suas redes sociais uma foto em que aparece com o marido, Jean Michel de Souza, seguida do texto: “meu love”. A publicação mostra um casal feliz e harmonioso.
Pelo que tudo leva a crer, era o marco de mais uma reconciliação de marido e mulher. Mesmo introspectiva e discreta, Jaqueline não escondia que era apaixonada por Jean. Aos mais próximos, também relatava os espinhos do matrimônio de cerca de dois anos.
Jean desencadearia episódios de agressividade por conta de crises de ciúme e possessividade. A forma como ele tratava Jaqueline não agradava os pais da advogada, considerados superprotetores.
Um dos motivos de Antônio Soares dos Santos, 65 anos, e Helena Marra dos Santos, 59, terem se mudado de Guaíra para Umuarama, em um sobrado alugado, era justamente para estar mais próximos de Jaqueline. Jean não morava na casa porque não se entendia com o sogro.
Conhecidos de Antônio e Helena, em Guaíra, no Paraná, e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, atribuem ao casal valores como honestidade e integridade.
“Eram pessoas corretas, íntegras, honestas. Sempre trabalharam muito para que as duas filhas pudessem ir longe na vida”, disse um ex-vizinho. Jaqueline era advogada e pretendia seguir os passos da irmã, juíza da vara de família em Paranavaí.
“Eles (Antônio e Helena) acertaram com as lojas de tecidos e aviamentos. Eram caprichosos. Formaram uma clientela forte tanto na (loja) Incendiária, em Mundo Novo, quanto na Mil Koisas, de Guaíra. Traziam muita coisa de fora. Mercadoria boa. Vinha muito produto lá de Goiás”, acrescentou o ex-vizinho.
A família era natural de Pires do Rio, no interior goiano. É para lá que os corpos de pai, mãe e filha estão sendo transladados, a quase 1.120 quilômetros de distância.
Deixaram a cidade em que foram mortos de forma brutal, a golpes de faca, em um veículo funerário. O velório deverá ser rápido e o sepultamento está previsto para o final da tarde desta quarta.
O principal suspeito do triplo homicídio é Jean Michel de Souza. Ele está preso na delegacia de Umuarama e nega a acusação. Em audiência de custódia no final da tarde desta terça, o juiz decidiu pela manutenção do cárcere.
Portal Guaíra com informações do OBemdito